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Um local que resgata a história da cidade e oferece cultura e gastronomia para a comunidade. Assim pode ser definido o novo espaço da Gare, que concentra a Galeria Estação da Arte e a Gare Estação Gastronômica. Num ambiente que estava desativado após a saída da Feira do Pequeno Produtor, a antiga estação férrea ganhou um local para enaltecer a memória e aspectos do desenvolvimento da cidade, além do lazer para as próximas gerações de Passo Fundo.
Numa parceria público-privado, a Prefeitura concedeu o espaço de 600 m2 por 10 anos para uma empresa catarinense, que venceu a licitação e será responsável por gerir e administrar a estação. No total, são 11 empresas em operação, as quais reúnem de tudo o que há na culinária, com massas, pizzas, carnes, saladas, sushis, cervejas, vinhos, hambúrgueres, entre outras iguarias. O investimento total foi de R$ 1,1 milhão. Além disso, a estação empregou diretamente 100 pessoas, 50 na primeira fase e mais 50 na segunda.
Para o prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, o novo empreendimento na cidade é um presente para os passo-fundenses. “Um espaço que há muitas décadas estava abandonado ou subutilizado. Está sendo entregue completamente remodelado. É emprego, alternativa de lazer, investimento privado. Muita inovação. Traz para Passo Fundo conceitos das maiores cidades do mundo. E fica no coração da cidade”, afirma.
Entre os 11 estabelecimentos, algumas empresas já são conhecidas em Passo Fundo, sobretudo no ramo das pizzas, saladas e pokes, sushi, hambúrgueres cervejaria e comida mexicana. De acordo com o empresário passo-fundense, Eduardo Dutra, que hoje reside em Blumenau/SC, o espaço foi totalmente pensado com a realidade do público da cidade. “Tivemos um cuidado grande no processo. Fizemos estudos, viajamos, para entender o projeto, respeitar o patrimônio histórico. Fizemos com que o espaço fosse o melhor possível, dentro da viabilidade de Passo Fundo”, completa.
O diferencial, segundo o empresário, são as diversas gastronomias no mesmo lugar. “Sou frequentador de vários restaurantes na cidade. Aqui, a proposta é um pouco diferente. É a oportunidade de gastronomias diferentes conjugadas no mesmo ambiente. Você pode comer comida mexicana tomando vinho italiano ou uma cerveja especial. De repente, se alguém da família quer outro tipo de gastronomia, pega um sushi, tudo no mesmo ambiente”, completa Eduardo.
O resgate da história e a valorização da arte local
A Galeria Estação da Arte concentra exposições que valorizam o trabalho de artistas e fotógrafos locais. No local, também é possível conhecer a história de Passo Fundo, a importância da ferrovia no processo de desenvolvimento do município. A coordenadora do espaço, Lindiara Paz, relembra que o primeiro pedido, ao saber da revitalização de todo espaço, era de expor o trabalho dos artistas locais. “É uma conquista conjunta. Foram muitas pessoas, entidades ajudando. Nosso primeiro pedido, ao sair a Feira daqui, foi que tivéssemos a oportunidade de mostrar o nosso trabalho. Nosso trabalho mostra a demanda que a cidade tem, que o artista da cidade não tinha espaço para fazer esse tipo de exposição”, celebra. Numa linha do tempo, a Estação da Arte retrata Passo Fundo por meio de imagens, documentos, xilogravura. “São várias linguagens trazendo resgate do passado até o período atual”, acrescenta.A Gare
A estação férrea de Passo Fundo foi construída entre 1898 e 1920. A importância da Gare para a população começa desde o início de sua construção. O espaço logo encorpou máquinas, oficinas e telégrafos, formando uma das principais vias da cidade, a avenida Sete de Setembro. Ali se formaram o comércio, a indústria e o agronegócio, sendo um novo indutor de crescimento. A linha da ferrovia ligava Santa Maria a Itararé, em São Paulo, fazendo assim a conexão do Rio Grande do Sul, até então, isolado com restante do Brasil. Com pouco mais de dois mil habitantes nesse período, a chegada da ferrovia fomentou a criação de construções que dão o tom de toda uma arquitetura de patrimônio, e que ainda é remanescente, como o Hotel Glória, o Hotel Avenida, o silo e o moinho.
Como funciona o sistema
O espaço gastronômico, com 11 operações, funcionará como um sistema único na forma de pagamento. Os consumidores adquirem um cartão recarregável, no valor de R$ 7, para pagar os estabelecimentos. Assim, o cartão é carregado com um valor, que registrado como saldo para cada cliente. O objetivo é atribuir maior segurança no espaço com menor circulação de dinheiro. O cartão é adquirido no próprio espaço. No local, é possível recarregá-lo no caixa ou com os funcionários que passam com as máquinas do cartão, mediante pagamento em dinheiro ou cartão de débito e crédito.
Horários
O espaço gastronômico funciona de terça-feira a sábado, das 18h às 23h. Após o primeiro mês de funcionamento, o espaço atenderá, também, em horário de almoço, das 11h às 14h.
Fonte: Jornal Diário da Manhã, por Mateus Moraes